
Sinopse
No futuro, existe uma nova raça de seres humanos - os Equals, indivíduos pacíficos, justos e que não possuem mais emoções. Até que uma doença passa a ameaçar todos, ativando sentimentos em suas vítimas, que são excluídas do resto da sociedade. Silas é infectado, mas percebe que Nia também possui sentimentos, sendo capaz de escondê-los. Ao sentirem pela primeira vez algum tipo de intimidade em suas vidas, eles decidem fugir.
Eu particularmente amo filmes que retratam o futuro, essas distopias divinas (as vezes malucas) que criam, sempre me fazem pensar se alguma delas poderia acontecer e dar certo (provavelmente por um tempo). Equals me lembra um pouco 'O Doador de Memórias', só que menos adolescente.
Mesmo que o filme seja num futuro distinto, ainda se torna atual. A sociedade é controlada, e emoções são uma doença, muito preocupante. Logo no decorrer do filme já explicam sobre a doença, e os sintomas, que enquanto telespectador, fica claro que não é nada mais do que viver e sentir. Assim como no 'Doador de Memórias' ficamos com a vontade se saber como seria viver sem sentir nada, mas logo percebemos que não seria viver, e sim apenas existir. Dentro da sociedade não existe empatia, não existe sorrisos descontraídos, não existe contato visual de mais de três segundos, é praticamente apenas um meio de não deixar a humanidade se extinguir. O governo alerta que os sintomas são preocupantes, e que precisam de tratamento, eles fazem todos acreditarem que sim, é uma doença, e no decorrer do filme, enquanto Silas se permite sentir a vida brotando dentro de si, ele e Nia entendem que não é uma doença e sim o que eles são de verdade, as emoções são o seu verdadeiro eu. Isso pode se encaixar na atualidade, quando o Estado, a sociedade dita que algo não está certo, ou que fazer algo errado é certo (se for para um 'bem maior', mesmo que possa ferir outras pessoas), é assim que crescemos e vivemos.

Outra coisa que amei,e que faz toda a diferença são os tons frios e neutros que o filme tem, quase da pra contar nos dedos (talvez dê, eu que não contei) as cenas com cores quentes. Como é um filme futurístico, e numa sociedade que não sente nada, tudo precisou ser extremamente limpo (esteticamente falando), com roupas incrivelmente bem cortas e alinhadas, limpas, sem um amassado e de cores iguais para todos. As luzes dos ambientes eram de tons frios, led, trazendo todo aquele clima de futuro para os ambientes. A maquiagem também era impecável de tão mínima que era, pois eles também não mantinham interesse pela beleza. Tudo se encaixavam com perfeição.Esse filme definitivamente merece ser assistido, ele nos faz pensar e refletir sobre como agimos em meio a sociedade e de como a sociedade age com a gente.
Até a próxima!