terça-feira, 13 de dezembro de 2016

Review - The Walking Dead Episódios 1-8 7ª Temporada

 The Walking Dead que voltou em Outubro, com um novo formato de episódios a série conquistou novos fãs e no decorrer da primeira parte da 7ª temporada, perdeu alguns "fãs". O número de gente que assistiu aos episódios caiu, isso é verdade, mas não tira qualquer mérito da série, que apenas renovou o seu público. 
Depois da morte de dois personagens amados logo no primeiro episódio, sabíamos que a série estava tomando outro caminho e que a temporada ia elevar tudo a um nível maior.
Lembrando que eu não leio as HQs, logo, não posso opinar sobre comparando a série com os quadrinhos, sempre vale frisar isso.

Negan a maior novidade sem dúvidas que a temporada nova trazia, é o que mais marcou toda a primeira parte dessa sétima temporada. A frieza como Negan (Jeffrey Dean Morgan) lida com tudo é de se abalar. Rick se vê numa berlinda, onde automaticamente ele lida da melhor forma possível, abaixando a cabeça para ele e fazendo tudo para que ninguém mais sofra ou morra. Mesmo que essa decisão pareça louca, com certeza foi a melhor coisa que Rick poderia ter feito. Abaixar a cabeça para Negan foi a melhor forma de continuar vivo, para então pensar em algo para que ele saia do comando e tudo volte ao 'normal'. 
Negan consegue deixar todos os personagens a flor da pele, e isso traz muitas consequências, e levando em conta a fama de Negan, ele até que dá muito desconto para Rick e o grupo dele.
A temporada também aos poucos nos introduz a novos personagens e grupos, as Amazonas que foi apresentadas quando Tara se perdeu. Um grupo de mulheres que fugiram de Negan, e se escondem na floresta perto da praia, e possuem uma ENORME quantidade de armas. Também conhecemos o Kingdom, que é a comunidade do King Ezekiel, e ele ainda tem uma tigresa a Shiva.

O que mais gostei de Ezekiel, foi que ele sabe que não pode lutar contra Negan sozinho, ele sabe que se tentar, a paz do reino vai acabar e muitas vidas vão se perder. O episódio inteiro em que ele aparece é algo mágico, com muita comida e surpresas. Conhecer o reino foi totalmente diferente de conhecer qualquer outro grupo sobrevivente. Além do mais, o reino veio para trazer a calmaria que todos buscam,até mesmo Carol.
Todos os episódios nos deu a sensação de medo e de que algo estava muito errado, nos preparando pro que provavelmente vai acontecer na segunda parte da temporada, quando finalmente Hiltop, Alexandria e O Reino vão se unir contra Negan.
Outro ponto que vale ser comentado é Daryl, que desde o começo só se mostrou o velho estressadinho cabeça quente das outras temporadas. Tudo bem que Negan já ia  matar alguém do grupo, mas querendo ou não Glenn morreu porque Daryl não se conteve. Mas acho que depois de ficar tanto tempo preso, sofrendo, ele foi redimido.

No fim finalmente temos Rick aceitando que as coisas não podem continuar do jeito que estão, pois todos estão nervosos e descontrolados. Depois que Rosita tentou matar Negan, ele nota que precisa de um plano, e precisa de ajuda,obviamente. Negan é um cara que não mede escrúpulos para conseguir o que quer, mas mesmo assim, não sabemos se amamos ou odiamos. Os produtores acertaram em cheio ao colocar Jeffrey Dean Morgan para o interpretar, fora ser um ótimo ator, o cara é lindo, e isso nos deixa mais confuso, admito. Adoraria, que em algum ponto da série, eles abordassem o passado de Negan, sobre quem ele era antes de tudo e como ele chegou até essa posição de poder. Porque obviamente, ele é ótimo em liderança e estratégia, pois o grupo dele é gigante.
O final da temporada finalmente nos presenteou com esperança, num episódio digno de aplausos. Eu ouso até comparar com o episódio 10 da ultima temporada de Game of Thrones, com a cena em que nomeiam Jon como Rei do Norte. Os olhares de esperança, a sensação de que ainda pode mudar as coisas, de que nem tudo está perdido, e o reencontro de Daryl e Rick, tudo para que nos preparemos para a nova fase de The Walking Dead.

E que venha essa nova fase!


segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

Review - Gilmore Girls 1ª e 2ª Temporada



Gilmore Girls é mais uma série que eu assistia quando eu era criança, acho que na época passava no SBT, minha mãe disse que eu adorava, mas eu realmente não me lembro direito. A minha ideia ao começar a assistir Gilmore Gils, e começar antes de The O.C, foi que a Netflix fez um especial com novos episódios e eu fiquei muito curiosa, então decidi ver todos os antigos pra ver os novos e entender as coisas. O melhor é que eu não sei como terminou, e nunca vi nenhum spoiler sobre, então é praticamente como se eu estivesse vendo algo realmente novo.
A minha ideia inicial era escrever sobre cada temporada separadamente, mas a primeira terminou e eu só notei quando estava no episódio 3 da segunda, então decidi continuar.
Lorelai e Rory (que aliás também se chama Lorelai), vivem na pequena e pacata cidade de Stars Hollow, que me lembra muito Barra do Piraí aqui no Rio. Enfim, Lorelai se desdobra todos os dias para dar o melhor do melhor para Rory, ela que teve a filha aos 16 anos, teve que aprender a se virar rapidamente. As duas tem uma relação leve de amizade, são melhores amigas definitivamente, causando muitas vezes uma confusão entre a questão mãe/filha, pois todos entendemos que os filhos devem ter respeito pelos pais e nem todas as ocasiões podemos tratar nossos pais como amigos de infância. Lorelai trabalha todos os dias para dar um futuro para Rory, que sonha em entrar em Harvard (ou pelo menos é o que as duas sonham para Rory). Além de sermos apresentados as duas, temos também Sookie, amiga de Lorelai e que é chef da pousada que ela administra, Luke que é o dono do restaurante em que as duas fazem todas as refeições do dia, Dean que é namorado de Rory, Emily e Richard que são os pais de Lorelai, etc.A série busca mostrar as relações em família, o motivo de Lorelai ter saído de casa tão cedo, como Rory amadurece no decorrer dos episódios e etc.
Lorelai de fato é o melhor personagem da série, com um humor divino, e força de vontade descomunal é com certeza alguém que qualquer um gostaria de ser amigo. 
Mesmo quando as coisas estão dando muito errado, ela sempre dá um jeito e não desanima nunca. Diferente de Rory, que é mimada, e vive num mundo próprio que Lorelai criou. Mesmo que ela seja realmente uma boa pessoa, ela consegue irritar qualquer um, o que provavelmente é culpa da Lorelai. Rory é mais uma daquelas meninas clichês que vemos nos filmes de romance, quieta, notas maravilhosas, inocente e indecisa, mais caricata impossível. A atriz não fica pra trás, Alexis Bledel é uma atriz daquelas que só vemos em comédias românticas, pois sempre passa o ar de garota boba e inocente, assim como no filme Quatro Amigas e um Jeans Viajante, bem clichê. Mas Rory também não é de todo ruim, acho. Como uma boa mocinha inocente, ela vive no mundo da leitura praticamente, ela respira livros, e todo episódio é um novo, literalmente.

No final da primeira temporada Rory está totalmente apaixonada por Dean (Jared Padalecki, o cara de Supernatural), que até certo ponto é um amor, mas depois se mostra um chato possessivo (alarme relacionamento abusivo), ainda mais depois que Jess (Milo Ventimiglia) chega na cidade, nada como um bad boy pra fazer a mocinha enxergar um mundo novo.
Assim como Rory ,que é um clichê ambulante, temos Luke, o tio de Jess, quem rotineiramente está com as meninas, ele obviamente tem um 'crush' em Lorelai, e ela obviamente também tem sentimentos por ele, e todos sabemos que em algum momento da série eles dois vão ficar juntos ( e eu tô esperando esse dia ansiosamente) . Luke é um cara reservado, sério e fiel a seus principios, ele acha que a cidade toda só tem gente doida, e tenta ao máximo não se envolver em qualquer coisa que resolvam fazer por lá. Lorelai sempre o ajuda e ele sempre a ajuda, Rory confia nele, talvez mais do que em seu próprio pai. 
Outro clichê finalmente acontece no último episódio da temporada, é que Rory mesmo namorando acaba beijando Jess, e eu como boa amante de casais assim, vibrei feito besta quando eles se beijaram (não sei lidar com esses amores).  Além do mais, Lorelai que sempre acaba voltando pros braços de Christopher (David Sutcliffe),pai de Rory, pensa que tudo estava se ajeitando com ele, até que Christopher descobre que a ex namorada está grávida dele, e tudo volta ao que era antes. A temporada termina com Rory e Lorelai, confusas sobre sentimentos, e com os corações feridos. 
Eu sempre gosto de destacar alguns pontos, então vamos lá.
  • Lorelai e Rory no mínimo tem anemia, elas só comem comida de verdade nas sextas que jantam na casa de Emily e Richard.
  • Elas não bebem água, só café.
  • A linha cronologica da série parece até a de Friends, o tempo voa.
  • Lane nunca se dá bem, coitada.
  • Jess, o jovem não compreendido, tão clichê e tão interessante.
  • Sério que Tristan não vai mais aparecer?
  • Max morreu?

Enfim, não falei sobre tudo, pois ainda tem mais 5 temporadas para comentar, então sem pressa.
Até a 3ª temporada!

PS: Quero fazer o desafio da Rory, de ler todos os livros que ela deu durante a série. Espero conseguir. Veja aqui sobre.

sábado, 10 de dezembro de 2016

Review - 3%


Primeiramente a série já merecia um review apenas por ser a primeira produção totalmente brasileira da Netflix. O começo da série nos traz a conhecida imagem de distopias já conhecidas, como Jogos Vorazes ,Divergente e Maze Runner, por exemplo. São vários pequenos detalhes que nos remetem as distopias que já conhecemos, mas mesmo assim a série ainda consegue te fazer ficar preso enquanto assiste.
A série nos mostra a verdadeira face da meritocracia, que aliás, na atual circunstância do país, trata-se de uma grande crítica ao sistema, que obviamente não é justo. 
Antes de assistir ao trailer da série, o que mais me chamou atenção foi a presença do ator João Miguel, que particularmente amo, ele atuou em filmes nacionais como Estômago e Xingu, sempre dando um show de atuação.
João Miguel como Ezequiel

Ezequiel (João Miguel) é um dos personagens mais interessantes da série, pois durante toda a temporada temos dúvidas sobre ele, sobre o que pensa e como age, parecendo sempre estar um passo a nossa frente em tudo. E um dos pontos altos da temporada é justamente algo que ele faz, sempre pensando em tudo. Mesmo que no começo vejamos uma imagem de uma pessoa forte e sem fraquezas, aos poucos vamos vendo que assim como todos os outros, Ezequiel sofre e tem sentimentos.
A série mostra como que vivem as pessoas no "lado de cá", mas ainda assim, não nos dá detalhes o suficiente. Sabe-se que a água e comida são escassos, mas as pessoas não parecem sofrer tanto assim pelo pouco que foi mostrado. Assim como o tão falado Maralto, também não é mostrado nada de lá, apenas que é uma ilha (mostrada na abertura da série) e quando mostram a personagem Júlia (Mel Fronckowiak), mulher de Ezequiel. Que por sinal é uma personagem confusa, ou talvez seja a falta de experiência de Mel mesmo, que as vezes parece não sentir nada enquanto chora. 

Como boa distopia, a série nos mostra até que ponto nós humanos conseguimos ir para conseguir o que queremos. Seríamos capazes de matar, ferir, roubar e qualquer outra coisa, tudo para que fossemos aprovados no processo. O processo de 3% é interessante, diferente do que já vimos por aí, requer realmente que a pessoa tenha raciocino lógico e seja consideravelmente esperto, eu provavelmente não passaria.
Vale destacar alguns pontos positivos e negativos.
  • Interessante como vemos que não existe mais um Deus, e sim o Casal Criador, que criou o processo.
  • Por que colocar Bianca Comparato pra fazer papel de jovem de 20 anos? É sempre a mesma coisa. Fora que a personagem parece ter sido criada pra nada.
  • O personagem Fernando acaba sendo o mais chato durante toda a série, a necessidade de ter alguém bonzinho demais, fez com que se tornasse chato.
  • Joana definitivamente foi uma grande surpresa durante todos os episódios.
  • O personagem Rafael mesmo que um pouco caricato, ainda assim foi se transformando na força da série, ele acaba puxando toda a atenção para ele.
  • Não entendo como a medicina do Maralto é capaz de fazer alguém andar de novo,mas não é capaz de curar efeito de veneno.
  • Os diálogos foram precários, sempre dava a impressão de que estava faltando algo.
  • Teria sido muito melhor se ao menos, fosse colocadas algumas ideias de como é o Maralto, ou como o mundo ficou daquele jeito.
  • Outro ponto alto da série foi quando descobrimos que todos no Maralto não podem ter filhos.
  • Não entendi o tanto de gente com tatuagem e cabelo pintado, sendo que aparentemente nem água em direito lá.
O que fica para a segunda temporada, são dúvidas e mais dúvidas. Como Ezequiel vai se comportar no futuro, se Aline (Viviane Porto) vai conseguir se provar inocente, como Michele vai ficar e como Rafael vai lidar com o futuro. Joana vai entrar para A Causa, e A Causa é uma farsa? 
Talvez 8 episódios não sejam o suficiente para a próxima temporada. Espero que o Maralto seja tudo aquilo que falam mesmo, e que os personagens evoluam de forma bacana,
Para uma série brasileira foi tudo muito bonito, bem elaborado e coordenado, obviamente com alguns erros, mas que sim, tem um ótimo futuro pela frente.