terça-feira, 16 de janeiro de 2024

Resenha - Bem-vindos à Livraria Hyunam-dong de Hwang Bo-Reum

 


Finalmente terminei esse livrinho querido, aparentemente inocente, mas capaz de te fazer pensar por horas.  Minha amiga me indicou esse livro e quando bati o olho já pensei 'isso é autoajuda' , e realmente era uma mistura disso com algo real. Outro dia vi um tweet falando sobre a nova onda de títulos com essa mesma pegada, histórias que te curam de algum jeito, de forma bem despretensiosa. Eu enrolei para terminar pois não acontece nada de uau durante toda a história, e estou acostumada a ler coisas com um pouco mais de movimento. Comecei ele lá para outubro de 2023 e só fui terminar 
ontem, em janeiro de 2024. Mas tudo isso porque eu realmente enrolei para terminar, acabei lendo vários livros enquanto enrolava com esse.


Sinopse:

Uma livraria comum num bairro pitoresco poderia passar despercebida. Mas a Livraria Hyunam-dong não é como as outras.

Yeongju tem se sentido desmotivada. Sua vida se tornou uma sucessão de frustrações e ela sente um vazio eterno no peito. Cansada de viver assim, ela decide deixar tudo para trás e colocar em prática um antigo sonho: abrir uma livraria.
Desde a infância, Yeongju encontra conforto nos livros, e abrir uma livraria parece ser a solução ideal para os seus problemas. Mas começar um negócio nunca é fácil, e ela precisa aprender que ser uma amante dos livros não é o suficiente para tornar o seu sonho realidade.
Conforme vai entendendo como administrar uma livraria, Yeongju também descobre mais sobre si mesma e quem ela quer ser. Cercada por livros, ela encontra um novo significado para a vida à medida que a Livraria Hyunam-dong se transforma em um espaço convidativo para que almas feridas descansem, se curem e descubram o que realmente importa. E quando os clientes começam a se sentir confortáveis para compartilhar suas histórias, experiências, esperanças e emoções naquele espaço, Yeongju finalmente sente que encontrou o seu lugar.
Repleto de diálogos sinceros e profundos, Bem-vindos à Livraria Hyunam-dong é uma história emocionante sobre os momentos decisivos da nossa vida e como os livros são capazes de curar feridas e mudar as pessoas.

          É gostoso acompanhar o crescimento dos personagens, eles seguem suas vidas e nós acompanhamos suas evoluções pessoais. Falam sobre capitalismo, sonhos, medos e depressão. É um livro bem atual, e também para quem já tá mais por dentro da cultura coreana é legal ver mais de perto como eles enxergam e lidam com os problemas lá. Daria uma boa adaptação. E realmente a escritora consegue chegar onde ela queria, é um livro delicado, confortável e bonito.

Livro ★★★★

Resenha - O Amante de Marguerite Duras

       O primeiro livro lido de 2024 foi O Amante, de Marguerite Duras. Marguerite foi uma romancista, novelista, roteirista, poetisa, diretora de cinema e dramaturga francesa, sendo considerada uma das principais vozes femininas da literatura do Século XX na Europa, mas isso eu só descobri depois que li esse livro. Por muito tempo guardei esse livro, ele tem uma capa bonita azul e dura, achei bonito então guardei. Veio perdido numa leva de livros que meu pai estava doando. Por anos o guardei, literalmente anos. Mas em 2023 resolvi que leria livros, voltaria a ter essa rotina de pegar um livro e me perder em suas palavras. 

Resolvi que era o momento de finalmente conhecer a história por trás do título e da capa bonita.

Ele é bem curto, apenas 128 páginas. Acabei lendo em dois dias, mas poderia ter terminado em horas.
A escrita é tranquila, mesmo que o assunto ainda me deixe desconfortável. Aparentemente esse livro é quase uma biografia da autora, mas creio que nem tudo que ela escreveu foi exatamente como aconteceu. 

Prêmio Goncourt em 1984, com mais de 2 milhões e meio de exemplares vendidos apenas na França, este romance autobiográfico acompanha a tumultuada história de amor entre uma jovem francesa e um rico comerciante chinês na Indochina pré-guerra. Com uma prosa intimista e certeira, Duras evoca a vida nas margens de Saigon nos últimos dias do império colonial da França e relembra não só sua experiência, mas também os relacionamentos que separaram sua família e que, prematuramente, gravaram em seu rosto as marcas implacáveis da maturidade. 

As palavras de Duras são precisas, seus sentimentos mesmo no começo da vida adulta, conseguem expressar toda sua angustia. A família dela me irrita num nível absurdo. Penso em todas as garotas e garotos que precisam lidar com famílias problemáticas, e a marca que isso pode deixar em suas vidas. Obviamente os encontros dela com o chinês me deixam desconfortável, ele é um adulto apaixonado por uma garota recém saída da vida infantil. Ela mesma ainda se vê como uma garotinha.  Eu gosto que entre um encontro e outro temos uma visão de Saigon, no Vietnã. Eu nunca tinha lido nada num cenário desses, e foi interessante descobrir mais sobre a colônia francesa lá, sobre o ópio e o preconceito que a família toda dela tinha pelo homem, não por ele ser mais velho e sim por ser chinês. O livro é cru, duro e certeiro, te deixa pensando por alguns dias.  

Pouco depois de começar a ler o livro, descobri que existia um filme de 1992, e assim que terminei fui atrás de assistir, e para a minha surpresa tinha na HBO.  Mas sinceramente, algumas coisas não precisam ser vistas, não precisam de adaptação. Esse livro é um desses casos, se eu já me senti desconfortável lendo, assistindo foi pior ainda.

O filme é bem parecido com o livro, mas temos vislumbres de outros detalhes da história, o que pra mim nem era necessário. 

Acho o ator que escolheram pro chinês impecável e muito bonito, a menina também é ótima. Mas novamente, causa muito desconforto as cenas que os dois compartilham momentos íntimos. Não estou sendo conservadora demais, só acho ruim.

De qualquer forma assisti, e olha que é um filme enorme.

 

 Livro ★★★★

Filme ★★★

segunda-feira, 15 de janeiro de 2024

Resenha- Jogos Vorazes (2014)

 

segunda-feira, 6 de outubro de 2014

Resenha - Jogos Vorazes

Well well, Jogos Vorazes!
Passei muito tempo falando mal desse livro, na realidade do primeiro filme. Não consegui gostar ou achar interessante. No começo do ano uma amiga fã da saga, começou a me incentivar à ler pelo menos o primeiro,alegando que o filme não é parâmetro (eu sei que não é), mas mesmo assim enrolei pois estava lendo outras coisas. Por fim, mês passado quando finalmente assisti Em Chamas, fiquei muito curiosa e a vontade de começar essa saga aflorou, comprei o primeiro livro com medo de continuar sem gostar.

Sinopse:

A história se passa em uma nação chamada Panem, fundada após o fim da América do Norte. Formada por 12 distritos, é comandada com mão de ferro pela Capital, sede do governo. Uma das formas com que demonstra seu poder sobre o resto do carente país é com os 'Jogos Vorazes', uma competição anual transmitida ao vivo pela televisão, em que um garoto e uma garota de 12 a 18 anos de cada distrito são selecionados e obrigados a lutar até a morte. Para evitar que sua irmã seja a mais nova vítima do programa, Katniss se oferece para participar em seu lugar. Vinda do empobrecido Distrito 12, ela sabe como sobreviver em um ambiente hostil. Caso vença, terá fama e fortuna. Se perder, morre. Mas para ganhar a competição, será preciso muito mais do que habilidade. Até onde Katniss estará disposta a ir para ser vitoriosa nos 'Jogos Vorazes'?


Começando eu admito que até a página 35 eu estava sem total motivação pra ler,mas já estava gostando de algumas coisas, como o fato de Katniss e Gale colocarem os nomes no sorteio em troca de grãos e tal, isso não existe no filme e acho que deveria ter. 
Devo ressaltar a minha total falta de empatia com Prim e a mãe de Katniss, simplesmente não consigo.
Depois daquelas 35 páginas intermináveis,  Katniss conta a história sobre de onde ela "conhece" o Peeta. Aliás, belo jeito de ganhar uma garota, jogando pão pra ela. Ok ,eu sei que ele teve uma ótima atitude,mas é engraçado.
Preciso comentar também que Josh não se parece em nada com o Peeta do livro. Eu amo Josh, ele é um ótimo ator e um lindo, mas ele não é Peeta. Mas devo ressaltar que ele está ótimo no filme, mas se for comparar realmente não rola.
Agora voltando pro o livro, o jeito como Katniss se sente irritada com a abundancia de luxo e comida que as pessoas da Capital tem a sua disposição é muito cabível, até na vida real, vemos isso de sobra aqui no Brasil.
Como eu tenho dó do Peeta nesse primeiro livro, ele é totalmente apaixonado pela Katniss desde sempre e ela não sente a mesma coisa por ele, ele é a parte desafortunada do casal. Claro, também senti pena da Katniss por ser obrigada a ter esse relacionamento falso pelo resto de sua vida. As melhores partes desse livro ocorrem quando eles estão na arena, tudo é meio parado pra mim fora essas partes, um tanto de informação aqui e ali e só, parece meio Convergente,que também me deu um sono danado enquanto lia. Outra coisa que gosto no livro é Haymitch e Cinna, não só no livro como também no filme eles são meus favoritos, aliás são interpretados por ótimos e lindos atores.
Depois de um mês lendo eu finalmente terminei e estou me perguntando até agora por que o Peeta no filme termina com as duas pernas, não entendo isso. Achei o filme beeeem parecido com o livro em vários aspectos, mas essa perna do Peeta era uma coisa grande, não deviam simplesmente ter ignorado,mas ok.
Já comecei a ler em chamas,logo venho compartilhar meus pensamentos sobre ele aqui,não que alguém realmente esteja interessando haha.

Nota pra esse livro]


terça-feira, 27 de fevereiro de 2018

Os Álbuns que Mais Ouvi em 2017

Hoje volto com um post bem aleatório, eu só queria escrever,então trouxe os 8 álbuns que mais ouvi em 2017.

Harry Styles 
(2017)

Harry Sytles
1-Meet Me in the Hallway
2- Sign of the Times
3-Carolina
4-Two Ghosts
5-Sweet Creature
6-Only Ange
l7-Kiwi
8-Ever Since New York
9-Woman
10-From the Dining Table





Julguem, ou não, depois de passar meses ouvindo o álbum Made in the A.M da One Direction, pois estava aficionada por Harry Styles, dei graças a Deus que a banda entrou em hiatus, e ele finalmente pode fazer música do jeito dele. Assim sendo, esse álbum é tão íntimo que a primeira vez que ouvi, me senti 'conhecendo' um Harry totalmente distinto do que era visto na 1D. E claro, essa imagem que ele passa em seu solo, é uma imagem muito mais madura e de alguém que realmente se importa com a qualidade da música. Eu particularmente amo o CD inteiro, mas destaco Woman e From the Dining Table, onde temos um lado muito mais intimo na letra, onde mostra seus defeitos, pensamentos e inseguranças, muito diferente da imagem que Harry tinha como artista enquanto parte da 1D.


I Like It When You Sleep, for You Are So Beautiful Yet So Unaware of It
The 1975 (2016)

The 1975


1-The 1975
2-Love Me
3-UGH!
4-A Change of Heart
5-She's American
6-If I Believe You
7-Please Be Naked
8-Lostmyhead
9-The Ballad of Me and My Brain
10-Somebody Else
11-Loving Someone
12-I Like It When You Sleep, for You Are So Beautiful Yet So Unaware of It
13-The Sound
                                                             14-This Must Be My Dream
                                                             15-Paris
                                                             16-Nana
                                                             17-She Lays Down


Provavelmente o CD que mais ouvi dentro dessa lista que fiz, meu caso com The 1975 começou em 2014,mas na época não dei muita bola (talvez estivesse numa época muito feliz), mas em 2016 encontrei 'Ugh!' no Youtube e aceitei que gostava da banda. Depois de me afundar na gloria do primeiro álbum, parti pro segundo que já me chamou a atenção pelo nome imenso e até poético. A melhor parte (na minha opinião,claro) é que a banda tem letras de tristeza, mas não sobre amor triste, é mais sobre como na vida existem problemas maiores que um amor não correspondido, mas claro que eles falam sobre amor também. Além das letras maravilhosas, as músicas tem toda uma pegada anos 80 e baile de escola americana, toda aquela magia e glamour. Esse álbum é uma obra prima completa, melodias, letras e a estética, tudo é milimetricamente coordenado de forma simples mas marcante. Destaco If I Believe You e Loving Someone,mesmo amando o álbum inteiro. If I Believe You mostra as questões que Matty (vocalista) tem para religião e Deus, já Loving Someone fala sobre amar o próximo, sobre desigualdade e preconceito, uma grande crítica social.

Dopamine
Børns (2015)

Borns
1-10,000 Emerald Pools
2-Dug My Heart
3-Electric Love
4-American Money
5-The Emotion
6-Holy Ghost
7-Past Lives
8-Clouds
9-Dopamine
10-Overnight Sensation
11-Fool


Børns foi quem eu mais ouvi em dezembro com toda a certeza. Esbarrei em American Money no Spotify e foi 'amor a primeira ouvida'. Com sua voz angelical e suave, me apaixonei pelo álbum inteiro. Assim como The 1975 com seu segundo álbum, Dopamine trás a vibe de bailes escolares dos filmes que passamos a juventude vendo na TV, e uma pegada anos 80, bem mágico. Além da nostalgia de algo que nem vivi das melodias, as letras misturando todos os tipos de emoção que já sentimos quando estamos apaixonados, é provavelmente as músicas mais românticas ando ouvindo. Meus destaques são Holy Ghost (que aliás tem uma apresentação acústica que dá até vontade de chorar, de tão lindo), que mistura religião e amor, uma pessoa de igreja provavelmente falaria que essa música não é coisa de Deus, e também destaco Past Lives, que quase me faz acreditar no amor romântico novamente.

Big Little Lies Soundtrack
(2017)


Big Little Lies
1- Cold Little Heart
2-Victim of Love
3-Bloody Mother Fucking Asshole
4-River
5-Queen of Boredness
6-September Song
7- This Feeling
8-Changes
9-Straight From the Heart
10-Nothing Arrived
11-Don't
12-The Wonder of You
13- How's the World Treating You
14- You Can't Always Get What You Want


Sou viciada em soundtracks isso é fato, e a de Big Little Lies não poderia ser diferente, a série por si só é maravilhosa e as músicas só deixaram tudo mais perfeito ainda. Graças a essa trilha sonora, conheci Irma Thomas, simplesmente uma obra de arte. Essa soundtrack é bem mesclada,com músicas animadas e lentas, representando cada uma das personagens bem. Destaco Straight From the Heart da Irma Thomas (ouçam pelo amor de Deus) e Victim of Love, que se encaixa perfeitamente na personagem de Nicole Kidman (assistam a série também e se emocionem).


Cigarettes After Sex
(2017)
Cigarettes After Sex
1-K.
2-Each Time You Fall In Love
3-Sunsetz
4-Apocalypse
5-Flash
6-Sweet
7-Opera House
8-Truly
9-John Wayne
10-Young & Dumb




Eu nem sei exatamente como conheci Cigarettes After Sex, mas sei que foi maravilhoso, desde então nunca parei de dar play em qualquer música deles. Primeiramente admito que pensei que o cantor fosse uma cantora na realidade, com sua voz calma e suave, mas isso não mudou o fato de ser maravilhoso. Todas as músicas tem letras simples, falando sobre coisas do dia a dia de qualquer um,coisas simples, detalhes que as vezes só percebemos que amamos depois de tempos. Destaco K que é definitivamente a minha favorita Sweet, ouçam e depois de agradeçam.



Wanted on Voyage
George Ezra (2014)

Wanted on Voyage
1-Blame it on Me
2-Budapest
3-Cassy O'
4-Barcelona
5-Listen to the Man
6-Leaving It Up to You
7-Did You Hear the Rain?
8-Drawing Board
9-Stand by Your Gun
10-Breakway
11-Over the Creek
12-Spectacular Rival
13-(Watching Paint Dry) Song 6
14- It's Just My Skin
                                                         15-Da Vinci Riot Police
                                                         16-Blind Man in Amsterdam



Encontrei Geoger Ezra também aleatoriamente, vi a miniatura do clipe de Listen to the Man, que tem o Ian Mckellen, daí cliquei só por ser ele mesmo, mas não me arrependi. George tem uma voz marcante, calorosa e ainda assim doce, não sei explicar. Suas músicas na  maioria, animadas me remetem a dias de sol e fazendas. Eu destaco Blame it on Me onde ele simplesmente arrasa  nos vocais, e Breakway que é tão simples e grandiosa com uma harmonia linda, só ouvindo pra entender.



La La Land Soundtrack
(2016)

La La Land
1- Another Day of Sun
2-Someone in the Crown
3-Mia & Sebastian's Theme
4-A Lovely Night
5-Hermans's Habit
6-City of Stars
7-Planetarium
8-Summer Montage / Madeline
9-Start a Fire
10-Engagement Pary
11-Audition (The Fools Who Dream)
12- Epilogue
13- The End
14- City of Stars (Humming)


Claro que não poderia faltar a trilha sonora de La La Land, depois de chorar horrores no fim do filme, eu tinha que ir ouvir toda a soundtrack pra sofrer mais um pouco. As músicas se integram no filme perfeitamente, todo o clima é maravilhoso. Mas como isso não é review do filme, destaco logo as minhas favoritas que são City of Stars (é claro) com Ryan e Emma cantando romanticamente e Another Day of Sun.

Chaos and the Calm
James Bay (2015)

James Bay
1-Craving
2-Hold Back the River
3-Let it Go
4-If You Ever Want to be in Love
5-Best Fake Smile
6-When We Were on Fire
7-Move Together
8-Scars
9-Collide
10-Get Out While You Can
11-Need the Sun to Break
12-Incomplete
Depois de assistir ao clipe de Hold Back the River me apaixonei e fui caçar mais músicas dele. Com seu violão e um talento real pra tocar, voz marcante logo me cativou pra sempre. Clipes simples e muito bem dirigidos, dão mais qualidade ainda para seus trabalhos (me fazendo querer aprender a tocar violão só pra tocar as músicas dele). Destaco If You Ever Want to be in Love e Let it Go (que não é do Frozen).


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quarta-feira, 3 de maio de 2017

Resenha Equals

Voltei agora com uma resenha rápida de um filme que assisti hoje. Depois que terminei de assistir a temporada completa de Girlboss , queria assistir um filme para 'limpar' a cabeça, sempre uso um filme ou até três como um limpador de 'paladar' de séries, um meio para eu deixar de lado tudo o que vivi enquanto assistia a série (sou maluca por fazer isso? espero que não). Encontrei Equals (que se chama 'Quando Te Conheci',na Netflix) durante algumas horas passeando pelo catalogo da Netflix, quem nunca né, e mesmo que tivesse Nicholas Hoult atuando como principal personagem, eu resolvi arriscar por causa da Kristen Stewart (falem o que quiser, mas amo a Kristen e vou defendê-la).

Sinopse 
No futuro, existe uma nova raça de seres humanos - os Equals, indivíduos pacíficos, justos e que não possuem mais emoções. Até que uma doença passa a ameaçar todos, ativando sentimentos em suas vítimas, que são excluídas do resto da sociedade. Silas é infectado, mas percebe que Nia também possui sentimentos, sendo capaz de escondê-los. Ao sentirem pela primeira vez algum tipo de intimidade em suas vidas, eles decidem fugir.

Eu particularmente amo filmes que retratam o futuro, essas distopias divinas (as vezes malucas) que criam, sempre me fazem pensar se alguma delas poderia acontecer e dar certo (provavelmente por um tempo). Equals me lembra um pouco 'O Doador de Memórias', só que menos adolescente. 

Mesmo que o filme seja num futuro distinto, ainda se torna atual. A sociedade é controlada, e emoções são uma doença, muito preocupante. Logo no decorrer do filme já explicam sobre a doença, e os sintomas, que enquanto telespectador, fica claro que não é nada mais do que viver e sentir. Assim como no 'Doador de Memórias' ficamos com a vontade se saber como seria viver sem sentir nada, mas logo percebemos que não seria viver, e sim apenas existir. Dentro da sociedade não existe empatia, não existe sorrisos descontraídos, não existe contato visual de mais de três segundos, é praticamente apenas um meio de não deixar a humanidade se extinguir. O governo alerta que os sintomas são preocupantes, e que precisam de tratamento, eles fazem todos acreditarem que sim, é uma doença, e no decorrer do filme, enquanto Silas se permite sentir a vida brotando dentro de si, ele e Nia entendem que não é uma doença e sim o que eles são de verdade, as emoções são o seu verdadeiro eu. Isso pode se encaixar na atualidade, quando o Estado, a sociedade dita que algo não está certo, ou que fazer algo errado é certo (se for para um 'bem maior', mesmo que possa ferir outras pessoas), é assim que crescemos e vivemos.
Um dos pontos altos do filme é quando Nia e Silas tem seus primeiros contatos físicos, que antes era totalmente impossível. Os dois se encontram num banheiro apertado e estão apavorados, com o coração acelerado,e tudo isso pois estão prestes a tocar um na mão do outro. O que reforça que o ser humano precisa desse contato, precisa estar em contato com outras pessoas para se sentir vivo. É tudo tão intenso, os olhares, as respirações, mas o toque, ele é calmo e paciente, pois tentam assimilar tudo o que acontece quando sentem a pele do outro contra a deles. 
Outra coisa que amei,e que faz toda a diferença são os tons frios e neutros que o filme tem, quase da pra contar nos dedos (talvez dê, eu que não contei) as cenas com cores quentes. Como é um filme futurístico, e numa sociedade que não sente nada, tudo precisou ser extremamente limpo (esteticamente falando), com  roupas incrivelmente bem cortas e alinhadas, limpas, sem um amassado e de cores iguais para todos. As luzes dos ambientes eram de tons frios, led, trazendo todo aquele clima de futuro para os ambientes. A maquiagem também era impecável de tão mínima que era, pois eles também não mantinham interesse pela beleza. Tudo se encaixavam com perfeição.Esse filme definitivamente merece ser assistido, ele nos faz pensar e refletir sobre como agimos em meio a sociedade e de como a sociedade age com a gente. 

Até a próxima!



terça-feira, 2 de maio de 2017

Resenha 13 Reasons Why - Série

Clay Jensen
Faz um tempo desde que eu assisti ao último episódio de 13 Reason Why da Netflix. Não escrevi nada antes pois passei um tempo meio deprê por conta de tudo que vi e senti ao assistir os 13 episódios. Vi muita  critica as cenas mais sérias, cenas que precisavam ser vistas, para alcançar de verdade as pessoas. Hannah era uma menina como todas as outras, com sonhos, inseguranças e que tinha a necessidade de amar,ser amada e se de se encaixar em algum lugar.

Sinopse
Uma caixa de sapatos é enviada para Clay (Dylan Minnette) por Hannah (Katheriine Langford), sua amiga e paixão platônica secreta de escola. O jovem se surpreende ao ver o remetente, pois Hannah acabara de se suicidar. Dentro da caixa, há várias fitas cassete, onde a jovem lista os 13 motivos que a levaram a interromper sua vida - além de instruções para elas serem passadas entre os demais envolvidos

Hannah Baker
Mas nada é assim tão simples, Hannah era mais sensível e uma onda de fatalidades a pegou, a devastando.
A escola nunca foi receptiva de verdade,adolescentes podem ser traiçoeiros e egoístas. Mas a série foca na parte em que eles não nascem assim, e sim tudo é formado quando entram na sociedade. A sociedade exige coisas demais, a sociedade machuca, e no fim, crianças boas viram adultos egoístas, que vão formar filhos com o mesmo problema.Hannah tenta, de verdade, não sucumbir, mas toda vez algo acontece a fazendo se sentir mal novamente.
Eu concordo que a coisa toda com as fitas, foi algo também egoísta, pelo menos com Clay, e talvez até com Sheri, mas foi necessário. Todos haviam sido egoístas com ela, e ninguém se importou, pelo menos não o suficiente. Todo adolescente
é bom em esconder coisas, sejam coisas físicas ou não. Cada pessoa que estava nas fitas, foi omisso de algum jeito. Enquanto temos Clay aos poucos surtando por tudo que vai descobrindo,temos Justin tentando calar Clay.


Só pra enaltecer a beleza desse ser, Alex.
        Alguns deles poderiam ser perdoados (pelo menos por  mim, cabe ressaltar que não falo por Hannah). Ryan, ele era um egocêntrico,mas sabia que o caso do estupro era horrível e falava que era (mesmo que não tivesse falado nada), o que era diferente com Courtney, que afirmava que Bryce era apenas um 'suspeito', for que ela para se livrar de fofocas, inventa uma muito pior sobre Hannah.
A série também destaca todos que estavam nas fitas, também tinham problemas pessoais. Como Justin, ele foi um dos piores, mas mesmo assim conseguimos sentir a dor dele toda vez que ele voltava para casa. Mas nada justifica o que ele fez, nada.
A partir dos últimos três episódios o choro é certo, as cenas ficam pesadas, e tudo vai se revelando. Hannah tentou,mas ninguém a ajudou, e nem mesmo Clay foi capaz de a fazer ficar. O bacana da série é que ela fala sobre vários assuntos que estão no dia a dia dos jovens. Ela fala sobre acidentes causados por bebida, fala sobre sexo, sobre orientação sexual e aceitação, sobre pressão do futuro, bullying, e um monte de outras coisas. Tudo com o objetivo de conscientizar quem estiver assistindo.No ultimo episódio, a serie deixa várias portas abertas para uma segunda temporada (por mais que eu ache desnecessária), mas até que faria algum sentido.
Ryan falando com Courtney.

 Por fim, a série é sobre empatia, de desejar o melhor para os outros, de se colocar no lugar de alguém,de pensar antes de falar. É uma boa lição para quem assistiu. Cada um vê e sente o mundo de uma forma, nunca fale algo para alguém, que você não falaria para você mesmo, pois palavras  machucam.
Eu recomendo a série, mas assista com precaução, pois ela é pesada. Não tenha pressa em terminar.

PS: Clay é muito lerdo! Não só para ouvir as malditas fitas, como também pra agir. Algumas cenas eu tinha vontade de dar um tapa na cara dele e falar 'beija a menina, fala alguma coisa', e ele ficava lá com cara de nada.
PS2: Alex é lindo.

segunda-feira, 1 de maio de 2017

Resenha Girlboss

Sophia

Olá pessoas, voltei depois de um tempinho, só porque essa série merece ser comentada. Girlboss estreou na Netflix no dia 21 de abril, no caso, não fazem nem duas semanas ainda. Depois que terminei de assistir 13 Reasons Why fiquei muito abalada e precisei de um tempo para me recompor, fiquei uma semana quase, sem assistir nada. Tirei um tempo de férias da Netflix, mas como eu não existo sem séries, e eu ainda estou enrolando para terminar Gilmore Girls, eu precisava de uma nova série, e achei Girlboss.
Até onde eu sabia a série era baseada na vida de uma estilista (acho), que começou a carreira do nada no Ebay, a série parecia engraçada e depois de 13 Reasons Why, era o que eu precisava. Logo na primeira noite eu assisti quatro episódios, porque além de serem ótimos eps, eram bem curtos também, infelizmente.

Eu não sou fã de séries com episódios curtos e que tem poucos episódios na temporada, mas parece que Netflix ama. Eu concordo que episódios curtos dão mais dinamica para a série, mas isso também faz acabar mais rápido (igual Santa Clarita Diet ). 

Sinopse 
Baseado na trajetória de Sophia Amoruso, uma jovem batalhadora que começou a vida vendendo roupas antigas no eBay e hoje, aos 27 anos, tem uma marca multimilionária baseada em Los Angeles.

A série acompanha a vida de Sophia quando ela tinha seus 23 anos e começa a vender peças de roupas vintage no ebay. Sophia nunca tinha se encaixado em nada, não conseguia se manter em empregos 'normais' e muito menos conseguia lidar com aspectos familiares. Seu pai havia praticamente desistido dela, e ela também.