Resenha - Fear The Walking Dead 1º Temporada

Contextualizada no mesmo universo de The Walking Dead, a série Fear The Walking Dead é um drama que explora o início do apocalipse dos mortos-vivos através do retrato de uma família em crise. Situada em uma cidade aonde as pessoas vão para escapar, para esconder seus segredos e enterrar seus passados, a trama mostra que um súbito surto ameaça perturbar a pouca estabilidade que resta à supervisora de Ensino Médio Madison Clark e ao professor de inglês Travis Manawa.A pressão cotidiana de unir as duas famílias, lidando com crianças que cresceram cheias de ressentimento, precisa ficar em segundo plano quando a sociedade começa a ruir. Com a necessidade de evoluir, em um cenário em que somente os mais aptos sobrevivem, a família disfuncional deve se reinventar ou se entregar às suas histórias obscuras.

Desde o primeiro episódio a série vem  mostrando que não vai focar nos walkers, e sim em como a sociedade lidou com as mudanças causadas pelo vírus(?). Desde cedo o produtor afirmou que não veríamos o paciente zero e muito menos saberíamos qual foi a causa de tudo. O que claramente não fez falta durante essa primeira temporada que teve meros 6 episódios. 

Focando em 3 famílias que estão ligadas seja por sangue ou  por necessidade, a série mostrou que não é fraca e que tem muito ainda pela frente. 

No primeiro episódio já começamos com um momento bem The Walking Dead (obviamente vai acontecer uma certa comparação no primeiro episódio,mas logo isso para, pelo menos eu parei). Conhecemos Nick Clark (Frank Dillane - Sensse8 e Harry Potter), dependente de drogas, que vê sua namorada transformada em um walker, e fica se perguntando se aquilo era real ou não, pois ele podia estar tão chapado que podia estar vendo coisas. E isso faz com que ele seja um personagem realmente real, Frank com sua atuação impecável nos mostra um personagem atormentado que luta internamente para tentar entender sua mente. Olhos aflitos,fala entrecortada e passos confusos, isso é Nick Clark no primeiro episódio. Também conhecemos Madison Clark (Kim Dickens - Garota Exemplar e Um Sonho Possível) mãe de Nick e Alicia (Alycia Debnam-Carey , The 100 e No Olho da Tempestade), que namora Travis Manawa (Cliff Curtis, As Mil Palavras e Duro de Matar 4.0).

A princípio pensamos que Travis seria um líder,mas aos poucos vemos que ele é fraco, não está preparado pra fazer coisas ruins para bons fins, e todos sabemos que para sobreviver à isso, é necessário saber fazer escolhas.

Os últimos personagens principais, por assim dizer, são da família Salazar, que tem Daniel Salazar (Rubén Blades, Protegendo o Inimigo e Era Uma Vez No México), temos também Griselda Salazar (Patricia Reyes Espíndola, Frida) e a filha do casal Ofelia Salazar ( Mercedes Mason , Quarentena 2) que é o tipo de personagem que você não ama e nem odeia. Daniel é o mais útil desses três, junto com Madison e o novo amigo de Nick,Victor Strand (Colman Domingo,Lincoln e Selma)provavelmente farão do grupo mais forte.

Também temos a ex mulher de Travis , Liza (Elizabeth Rodriguez, Orange is The New Black e A Entrega) e o filho deles, Chris Manawa (Lorenzo James Henrie, Star Trek) preciso comentar que ele é irmão do David Henrie, e ele não tem nada a ver.

A série não focou nos walkers, o que é ótimo, pois já temos The Walking Dead pra isso. A trama é ótima,focando nos problemas da família dentro do apocalipse, no começo ainda temos energia elétrica, celulares, e outros tantos aparelhos tecnológicos. Aos poucos tudo vai parando de funcionar.

Vemos como o governo lidou com os acontecimentos,aparentemente tentando controlar o vírus(?). Mas fazendo isso de forma errada, como vemos em alguns episódios, onde vemos opressão das pessoas que se questionavam o que estava acontecendo. E quando Madison saí da área segura e anda pelas ruas, vendo pessoas não infectadas mortas junto das que estavam. Não houve distinção, mataram todos que estavam no caminho, mostrando o quanto não estavam preparados para isso.

O que pode nos levar a pensar, se ele estavam sabendo mais que os civis, ou estavam sendo enganados que nem eles. 

Daniel o mais preparado para esse tipo de coisa, tortura um soldado (namoradinho da filha) para saber o que está acontecendo e onde sua mulher e Nick foram levados, depois que ela machucou o pé e foi examinada por uma médica do governo, e Nick que foi levado por conta de seu vício. Eles descobrem que os soldados trancaram mais de 2 mil walkers num estádio perto da área segura, e que eles vão largar todos ali para morrer. Sabendo disso eles resolvem sair de lá, procurar os familiares levados e depois fugir para algum lugar. Enquanto isso na base hospitalar do governo, Liza se vê num caos, e descobre que de qualquer jeito todos irão se transformar. Nick arruma um parceiro, o misterioso e rico Strand,que tem uma chave para sair de lá. Griselda não sobrevive ao ferimento e morre (ninguém vai sentir falta).

Daniel solta todos os walkers do estágio, o que eu achei loucura, porque não mais de 2 mil infectados querendo comer qualquer coisa com vida, soltos na cidade. Péssima ideia.

A temporada se encerra com gostinho de quero mais. Strand tem um enorme barco, que é pra onde eles devem ir, Liza morre deixando um ex marido abalado (já disse que ele é fraco?), Madison segurando a barra como sempre, Chris chorando, Alicia sendo nada (esperava muito mais dela), Nick e Strand sendo os melhores no fim.

Vi muita gente criticando a serie por não ter muita ação e até por não ter muitos walkers, mas se fosse pra ser igual The Walking Dead não teria fundamento começar outra. A série ainda tem muito pela frente, e desde o começo desejei que fosse da Netflix, pra eu ter todos os eps de uma vez só. Uma pena que só tivemos 6 episódios nessa primeira temporada,mas até onde sei a segunda que já foi confirmada, vai ter 13 (acho). Só espero que não vire um The Walking Dead, que tem 4 episódios perfeitos e o resto parado.

Preciso comentar sobre Frank Dillane, ele foi Tom Riddle do Harry Potter e o Enigma do Príncipe e ele é filho do ator Stephen Dillane que interpreta o Stannis Baratheon de Game of Thrones, fiquei chocada ao descobrir. Okay, chega puxar saco dele.